sexta-feira, 30 de maio de 2014

Inteligência Emocional - Roda das Emoções de PLUTCHIK

Inteligência Emocional - Roda das Emoções de PLUTCHIK

Robert Plutchik (1927 - 2006, Sarasota, Flórida) foi um psicólogo estadunidense.

A teoria psicoevolucionária integrativa das emoções é uma das mais influentes abordagens classificatórias para respostas emocionais em geral. 
Ela considera que existem oito emoções primárias: raiva, medo, tristeza, nojo, surpresa, curiosidade, aceitação e alegria. 

Plutchik propôs que estas emoções "básicas" são biologicamente primitivas e que evoluíram a fim de incrementar a aptidão reprodutiva animal. 

Plutchik argumenta em prol da primazia destas emoções demonstrando que cada uma delas dispara um comportamento que é de alto valor de sobrevivência, tal como o modo que o medo inspira a reação de lutar ou fugir.

Conceitos:
 - O conceito de emoção é aplicável a todos os níveis evolutivos e se aplica a animais, bem como para os seres humanos.

 - As emoções têm uma história evolutiva e evoluíram diversas formas de expressão em diferentes espécies.

 - Emoções servido um papel adaptativo em ajudar os organismos lidar com questões de sobrevivência chave decorrentes do meio ambiente. 

 - Apesar das diferentes formas de expressão das emoções nas diferentes espécies, existem certos elementos comuns, ou padrões de protótipos, que podem ser identificadas.

 - Há um pequeno número de emoções básicas, primárias ou protótipo.

 - Todas as outras emoções são estados mistos ou derivado, isto é, que ocorrem a partir de combinações, misturas, ou compostos das emoções primárias.

 - Emoções primárias são hipotéticas construções idealizadas ou estados cujas propriedades e características só pode ser inferida a partir de vários tipos de provas.

 - Emoções primárias podem ser conceitualizadas em termos de pares de opostos. 

 - Todas as emoções variam em seu grau de semelhança entre si.

 - Cada emoção pode existir em graus variados de intensidade ou níveis de excitação.

Inteligência emocional é um conceito em Psicologia que descreve a capacidade de reconhecer os próprios sentimentos e os dos outros, assim como a capacidade de lidar com eles.

A designação de inteligência emocional mais antiga remonta a Charles Darwin, que em sua obra referiu a importância da expressão emocional para a sobrevivência e adaptação. Embora as definições tradicionais de inteligência enfatizem os aspectos cognitivos, como memória e resolução de problemas, vários pesquisadores de renome no campo da inteligência estão a reconhecer a importância de aspectos não-cognitivos.

Em 1920, o psicometrista Robert L. Thorndike, na Universidade de Columbia, usou o termo "inteligência social" para descrever a capacidade de compreender e motivar os outros.1 David Wechsler, em 1940, descreveu a influência dos fatores não-intelectuais sobre o comportamento inteligente, e defendeu ainda que os nossos modelos de inteligência não estariam completos até que esses fatores não pudessem ser adequadamente descritos.

Em 1983, Howard Gardner, em sua teoria das inteligências múltiplas , introduziu a ideia de incluir tanto os conceitos de inteligência intrapessoal (capacidade de compreender a si mesmo e de apreciar os próprios sentimentos, medos e motivações) quanto de inteligência interpessoal (capacidade de compreender as intenções, motivações e desejos dos outros). Para Gardner, indicadores de inteligência como o QI não explicam completamente a capacidade cognitiva. Assim, embora os nomes dados ao conceito tenham variado, há uma crença comum de que as definições tradicionais de inteligência não dão uma explicação completa sobre as suas características.

O primeiro uso do termo "inteligência emocional" é geralmente atribuído a Wayne Payne, citado em sua tese de doutoramento, em 1985. O termo, entretanto, havia aparecido anteriormente em textos de Hanskare Leuner (1966). Stanley Greenspan também apresentou em 1989 um modelo de inteligência emocional, seguido por Peter Salovey e John D. Mayer (1990), e Goleman (1995).

Na década de 1990, a expressão "inteligência emocional", tornou-se tema de vários livros (e até best-sellers) e de uma infinidade de discussões em programas de televisão, em escolas e mesmo em empresas. O interesse da mídia foi despertado pelo livro "Inteligência emocional", de Daniel Goleman, redator de Ciência do The New York Times, em 1995. 

No mesmo ano, na capa da edição de Outubro, a revista Time perguntava ao leitor - "Qual é o seu QE?" - apresentando um importante artigo assinado por Nancy Gibbs sobre o livro de Goleman e despertando o interesse da mídia sobre o tema. A partir de então, os artigos sobre inteligência emocional começaram a aparecer com frequência cada vez maior por meio de uma ampla gama de entidades acadêmicas e de periódicos populares.

A publicação de "The Bell Curve" (1994) pelo psicólogo e professor da Universidade de Harvard Richard Hermstein e pelo cientista político Charles Murray lançou controvérsias em torno do QI. Segundo os autores, a tendência era que a sociedade moderna se estratificasse pela definição de inteligência, não pelo poder aquisitivo ou por classes. O que causou maior polêmica e indignação por parte de inúmeros setores da sociedade foi a afirmação dos autores de que, no que diz respeito à inteligência haveria diferenças entre as etnias.

Salovey e Mayer definiram inteligência emocional como:
"...a capacidade de perceber e exprimir a emoção, assimilá-la ao pensamento, compreender e raciocinar com ela, e saber regulá-la em si próprio e nos outros." (Salovey & Mayer, 2000).

Dividiram-na em quatro domínios:
 - Percepção das emoções - inclui habilidades envolvidas na identificação de sentimentos por estímulos, como a voz ou a expressão facial, por exemplo. A pessoa que possui essa habilidade identifica a variação e mudança no estado emocional de outra.

 - Uso das emoções - implica na capacidade de empregar as informações emocionais para facilitar o pensamento e o raciocínio.

 - Entender emoções - é a habilidade de captar variações emocionais nem sempre evidentes;

 - Controle (e transformação) da emoção - constitui o aspecto mais facilmente reconhecido da inteligência emocional que é a aptidão para lidar com os próprios sentimentos.

Goleman definiu inteligência emocional como:
"...capacidade de identificar os nossos próprios sentimentos e os dos outros, de nos motivarmos e de gerir bem as emoções dentro de nós e nos nossos relacionamentos." (Goleman, 1998).

Para ele, a inteligência emocional é a maior responsável pelo sucesso ou insucesso dos indivíduos. Como exemplo, recorda que a maioria das situações de trabalho é envolvida por relacionamentos entre as pessoas e, desse modo, pessoas com qualidades de relacionamento humano, como afabilidade, compreensão e gentileza têm mais chances de obter o sucesso.

Segundo ele, a inteligência emocional pode ser categorizada em cinco habilidades:

Auto-Conhecimento Emocional - reconhecer as próprias emoções e sentimentos quando ocorrem;

Controle Emocional - lidar com os próprios sentimentos, adequando-os a cada situação vivida;

Auto-Motivação - dirigir as emoções a serviço de um objetivo ou realização pessoal;

Reconhecimento de emoções em outras pessoas - reconhecer emoções no outro e empatia de sentimentos; e

 - Habilidade em relacionamentos inter-pessoais - interação com outros indivíduos utilizando competências sociais.

As três primeiras são habilidades intra-pessoais e as duas últimas, inter-pessoais. Tanto quanto as primeiras são essenciais ao auto-conhecimento, estas últimas são importantes em:

 - Organização de Grupos - habilidade essencial da liderança, que envolve iniciativa e coordenação de esforços de um grupo, bem como a habilidade de obter do grupo o reconhecimento da liderança e uma cooperação espontânea.

 - Negociação de Soluções - característica do mediador, prevenindo e resolvendo conflitos.

 - Empatia - é a capacidade de, ao identificar e compreender os desejos e sentimentos dos indivíduos, reagir adequadamente de forma a canalizá-los ao interesse comum.

 - Sensibilidade Social - é a capacidade de detectar e identificar sentimentos e motivos das pessoas.

Daniel Goleman, em seu livro, mapeia a Inteligência Emocional em cinco áreas de habilidades:
1. Auto-Conhecimento Emocional - reconhecer um sentimento enquanto ele ocorre. 

2. Controle Emocional - habilidade de lidar com seus próprios sentimentos, adequando-os para a situação. 

3. Auto-Motivação - dirigir emoções a serviço de um objetivo é essencial para manter-se caminhando sempre em busca. 

4. Reconhecimento de emoções em outras pessoas.

5. Habilidade em relacionamentos inter-pessoais.

As três primeiras acima referem-se a Inteligência Intra-Pessoal. As duas últimas, a Inteligência Inter-Pessoal.

Inteligência Inter-Pessoal: é a habilidade de entender outras pessoas: o que as motiva, como trabalham, como trabalhar cooperativamente com elas.

1. Organização de Grupos: é a habilidade essencial da liderança, que envolve iniciativa e coordenação de esforços de um grupo, habilidade de obter do grupo o reconhecimento da liderança, a cooperação espontânea. 

2. Negociação de Soluções: o papel do mediador, prevenindo e resolvendo conflitos. 

3. Empatia - Sintonia Pessoal: é a capacidade de, identificando e entendendo os desejos e sentimentos das pessoas, responder (reagir) de forma apropriada de forma a canalizá-los ao interesse comum. 

4. Sensibilidade Social: é a capacidade de detectar e identificar sentimentos e motivos das pessoas.

Inteligência Intra-Pessoal: é a mesma habilidade, só que voltada para si mesmo. É a capacidade de formar um modelo verdadeiro e preciso de si mesmo e usá-lo de forma efetiva e construtiva.

Embora existam predominâncias, as inteligências se integram: 
 - Inteligência Verbal ou Lingüística: habilidade para lidar criativamente com as palavras. 

 - Inteligência Lógico-Matemática: capacidade para solucionar problemas envolvendo números e demais elementos matemáticos; habilidades para raciocínio dedutivo. 

 - Inteligência Cinestésica Corporal: capacidade de usar o próprio corpo de maneiras diferentes e hábeis. 
 - Inteligência Espacial: noção de espaço e direção. 
 - Inteligência Musical: capacidade de organizar sons de maneira criativa. 

 - Inteligência Interpessoal: habilidade de compreender os outros; a maneira de como aceitar e conviver com o outro. 

 - Inteligência Intrapessoal: capacidade de relacionamento consigo mesmo, autoconhecimento. Habilidade de administrar seus sentimentos e emoções a favor de seus projetos. É a inteligência da auto-estima.

Importância das Emoções
Sobrevivência: Nossas emoções foram desenvolvidas naturalmente através de milhões de anos de evolução. Como resultado, nossas emoções possuem o potencial de nos servir como um sofisticado e delicado sistema interno de orientação. Nossas emoções nos alertam quando as necessidades humanas naturais não são encontradas. Por exemplo, quando nos sentimos sós, nossa necessidade é encontrar outras pessoas. Quando nos sentimos receosos, nossa necessidade é por segurança. Quando nos sentimos rejeitados, nossa necessidade é por aceitação.

Tomadas de Decisão: Nossas emoções são uma fonte valiosa da informação. Nossas emoções nos ajudam a tomar decisões. Os estudos mostram que quando as conexões emocionais de uma pessoa estão danificadas no cérebro, ela não pode tomar nem mesmo as decisões simples. Por que? Porque não sentirá nada sobre suas escolhas.
Ajuste de limites: Quando nos sentimos incomodados com o comportamento de uma pessoa, nossas emoções nos alertam. Se nós aprendermos a confiar em nossas emoções e sensações isto nos ajudará a ajustar nossos limites que são necessários para proteger nossa saúde física e mental.

Comunicação: Nossas emoções ajudam-nos a comunicar com os outros. Nossas expressões faciais, por exemplo, podem demonstrar uma grande quantidade de emoções. Com o olhar, podemos sinalizar que precisamos de ajuda. Se formos também verbalmente hábeis, juntamente com nossas expressões teremos uma possibilidade maior de melhor expressar nossas emoções. Também é necessário que nós sejamos eficazes para escutar e entender os problemas dos outros.

União: Nossas emoções são talvez a maior fonte potencial capaz de unir todos os membros da espécie humana. Claramente, as diferenças religiosas, cultural e política não permitem isto, apesar dar emoções serem "universais".

Para aqueles pais que ainda não são preparadores emocionais, Gottman, propõe 5 passos para que se tornem:
1. Perceber as emoções das crianças e as suas próprias;

2. Reconhecer a emoção como uma oportunidade de intimidade e orientação;

3. Ouvir com empatia e legitimar os sentimentos da criança;

4. Ajudar as crianças a verbalizar as emoções;

5. Impor limites e ajudar a criança a encontrar soluções para seus problemas.

Ainda segundo Gilberto Vitor, a "escolas emocionais" devem:
 - Investir menos esforços em medir conhecimentos (as notas) e mais tempo e enfoque na aprendizagem.
 - Compartilhar responsabilidades com seus alunos.
 - Investir nas tecnologias modernas de ensino.
 - Identificar e promover talentos individuais.
 - Promover reciclagem permanente de professores.
 - Enfatizar atividades em grupo.
 - Enfatizar a criatividade de cada aluno.
 - Ensinar o aluno como aprender.


Para saber mais sobre: americanscientist.org 
Fonte: HIEROPHANT










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